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Acordei de madrugada essa noite chamando pelo meu Pai. Como uma criança que chama, no escuro, que anseia ser ouvida logo, e que alguém venha! Vontade incontrolável de estar com Ele. Não entendia muito bem aquilo, me senti patética, mas era mais forte que eu. Diferente das outras vezes, o sono não era nenhum impecilho, nem as circuntâncias me venceram. Era fome, sabe, desespero mesmo para encontrá-lo. Nem estava entendendo o que eu mesma dizia, e nem queria organizar as palavras. Não queria, não precisava. Eu estava chamando por Ele, e pensar em cerimônias para aquela hora me irritou. É o meu Pai! Só que muito antes que eu mesma chamasse, Ele já estava lá algum tempo esperando por esse momento. A sua presença enchia o quarto tão fortemente, como algo mais real do que tudo que já vivi, e nada mais importava ou fazia sentido algum. Falei tanto, por tanto tempo, coisas desordenadas, me calei às vezes, e percebi que aquilo era algo que jamais tinha vivido antes... E que eu jamais seria a mesma. Não queria falar aquelas mesmas coisas. De mim, das minhas inquietações, dos meus projetos em andamento, nem mesmo das pessoas por quem tenho orado ou me preocupo. Queria falar dEle, estar com Ele. Conversamos, conversamos, conversamos... Sem pretensão alguma! Até que me direcionou para a cama, como um Pai que encaminha uma criança teimosa que passou da hora, e eu fui... Ficou ali até eu dormir. Nunca houve paz semelhante... nunca! Agora entendo... Meu Pai me chamou, marcou um encontro comigo... A noite perfeita!"
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